Leishmaniose atinge municípios da região de Carajás

Os municípios da região de Carajás estão alerta por conta do crescente número de casos de leishmaniose, doença transmitida pelo mosquito-palha e que atinge cães e humanos. Há dois tipos de leishmaniose, a tegumentar, que provoca úlceras na pele e mucosas, e a visceral, também conhecida como calazar, o modo mais grave da doença, que é caracterizada nos humanos por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

No caso da leishmaniose visceral em humanos, se não for tratada a tempo, pode levar a óbito até 90% dos casos, e nos animais a recomendação é a eutanásia. Durante uma entrevista para o portal F5, em março deste ano, a enfermeira Ana Raquel, da 11º Regional de Saúde da Secretaria de Saúde de Estado do Pará (Sespa) falou sobre o assunto.

Em Canaã dos Carajás não houve óbitos por leishmaniose e o número de pessoas diagnosticadas com a doença foi de 17 do tipo visceral e 5 da tegumentar, porém, o índice de animais infectados na cidade é preocupante, de 534 testes rápidos realizados nos cães, 395 confirmaram a doença.

Já em Parauapebas, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), apresentados em uma reunião do conselho municipal de saúde, realizada nesta quarta-feira (23), foram 19 casos de leishmaniose tegumentar confirmados, 37 da visceral e dois óbitos nos primeiros quatro meses deste ano.

A população deve contribuir com o combate à leishmaniose. As recomendações são: acondicionar corretamente o lixo; evitar que restos de alimentos fiquem expostos; manter os quintais e entorno das residências sempre limpos; não criar animais em áreas urbanas, como galinhas porcos.

Portal F5
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