The Electric State: decepciona críticos
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A Distopia sem Alma de The Electric State
O novo longa da Netflix, The Electric State, codirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo, promete um mergulho profundo em um futuro distópico, inspirado no romance ilustrado de Simon Stålenhag. No entanto, o filme acaba falhando em entregar uma narrativa envolvente, resultando em uma obra com uma estética de alto orçamento, mas com pouca substância. Mesmo com um orçamento superior a US$ 300 milhões, The Electric State se perde em uma história simplista e em performances pesadas que não conseguem conectar o público com seus personagens.
A trama segue Michelle (interpretada por Millie Bobby Brown), uma adolescente órfã que tenta escapar de seu passado traumático em um mundo devastado pela guerra entre humanos e robôs. A história, que deveria ser profunda e reflexiva, acaba se arrastando com uma construção de mundo rasa e personagens pouco desenvolvidos. Michelle, que tem um robô como companheiro, se encontra em uma missão para encontrar seu irmão, mas a química entre ela e o CGI do robô é nula, o que torna o vínculo entre eles forçado e artificial.
Um Filme de Estética, Não de Conteúdo
O principal mérito do filme está em sua estética, com referências culturais dos anos 90 e visuais inspirados no trabalho de Stålenhag, que, por si só, oferecem uma sensação de nostalgia. No entanto, o excesso de cenas de ação e a falta de desenvolvimento narrativo e de personagens enfraquecem a proposta. Ao invés de explorar as complexas interações entre humanos e máquinas, The Electric State se perde em diálogos previsíveis e sequências de ação sem brilho, que não conseguem entregar a promessa de uma experiência cinematográfica impactante.
Apesar de um elenco que inclui nomes como Chris Pratt e Anthony Mackie, o filme não consegue transmitir a sensação de apocalipse que ele tenta emular. As piadas forçadas sobre a cultura pop dos anos 90, como Twinkies e o peixe eletrônico Billy Bass, só reforçam a impressão de que o filme está mais preocupado em agradar superficialmente do que em criar uma história que tenha peso emocional.
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