Mounjaro Chega ao Brasil e Disputa Mercado com Ozempic
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A farmacêutica Eli Lilly lançou oficialmente o medicamento Mounjaro no mercado brasileiro, ampliando a disputa no segmento de tratamentos para diabetes e obesidade. Aprovado pela Anvisa em julho de 2024, o remédio chega como principal concorrente do Ozempic, da Novo Nordisk, que dominou o setor nos últimos anos. Ambos os fármacos usam princípios ativos similares para controlar o açúcar no sangue e promover perda de peso, mas o Mounjaro promete eficácia superior em estudos clínicos.
Eficácia e Preço: Os Diferenciais da Nova Rivallidade
Estudos publicados no The New England Journal of Medicine indicam que o Mounjaro (tirzepatida) reduz em até 22% o peso corporal em pacientes com obesidade, superando os 15% do Ozempic (semaglutida). Além disso, a Eli Lilly destacou que o medicamento age em dois receptores hormonais, potencializando efeitos metabólicos. Entretanto, o preço inicial surpreendeu: uma dose mensal custará R$ 1.200, valor 20% mais alto que o do concorrente.
A estratégia de posicionamento, porém, divide opiniões. Enquanto analistas enxergam vantagem na eficácia comprovada, pacientes temem que o custo limite o acesso. “A disputa deve pressionar a queda de preços a médio prazo”, afirmou Carla Mendes, consultora do setor farmacêutico. A Eli Lilly já negocia descontos com planos de saúde, mas a incorporação ao SUS ainda não tem previsão.
Impacto no Mercado e Futuro do Segmento
A chegada do Mounjaro reaqueceu o debate sobre a medicalização da obesidade. Para endocrinologistas, a concorrência entre gigantes farmacêuticas acelerará inovações, mas também exige cautela. “Nenhum medicamento substitui mudanças no estilo de vida”, alertou o Dr. Rafael Torres, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
Enquanto isso, a Novo Nordisk reagiu anunciando estudos para uma versão oral do Ozempic, prevista para 2026. O mercado, porém, já reflete a mudança: ações da Eli Lilly subiram 4,5% após o lançamento, enquanto as da dinamarquesa recuaram 2,1%. Com projeções de crescimento de 12% ao ano no Brasil, o setor promete batalhas acirradas — e os pacientes podem sair ganhando.
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