A Anvisa libera medicamento para tratar obesidade
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A Anvisa – Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou o uso do Wegovy (semaglutida 2,4mg), a primeira injeção para tratar a obesidade no Brasil, e as pesquisas sobre o medicamento dispararam. Dentre os termos pesquisados do medicamento está o preço e quando estará disponível nas farmácias, o novo medicamento promete reduzir em 17% o peso, durante o tratamento de um ano.
Quanto ao preço, o já é comercializado nos Estados Unidos por US$ 1.349. Em conversão direta para o Real, ficaria algo em torno de R$ 7 mil, par uma caixa para uso durante 28 dias, porém, ainda não há uma estimativa de preço do Wegovy no país segundo a fabricante do remédio, o Novo Nordisk.
A fabricante Novo Nordisk informou que à previsão de venda do Wegovy, ainda precisa passar pela CMED – Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, e depois “seguirá os demais trâmites de importação e logística, e após isso, chegar às farmácias, o que pode atingir o segundo semestre.”
Em nota técnica publicada nesta semana, a Anvisa informa que o Wegovy (semaglutida 2,4mg) é indicado para adultos com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 (o que caracteriza obesidade) ou 27 (sobrepeso). Contudo, neste caso, apenas para os pacientes que têm pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como pré-diabetes, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.
O medicamento não é indicado para grávidas ou pessoas que estejam amamentando, e que também não é recomendada em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) celebrou a aprovação do uso do Wegovy, mas destacou que ele deve ser utilizado somente após prescrição de um especialista e acompanhado de uma alimentação saudável e prática de atividade física. Além disso, conforme a SBEM, o paciente deve fazer o controle emocional, ir ao endocrinologista e fazer exames quando necessários.
“É uma notícia importante para a especialidade e os endocrinologistas. O trabalho do especialista é fundamental neste momento para a condução adequada do tratamento que conta, agora, com mais uma ferramenta extra”, comentou Paulo Miranda, presidente da SBEM Nacional.
Em nota, a SBEM destacou que atualmente são cerca de 764 milhões de pessoas convivendo com a obesidade, que é classificada como doença, e, por isso, a importância de ter mais um medicamento para ajudar no tratamento dos pacientes.