A decepção do terceiro episódio de The Last of Us
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Após o impacto do segundo episódio, The Last of Us desacelera para preparar os fãs para os próximos horrores. Porém, o terceiro episódio não correspondeu às expectativas. A trama se distancia do jogo e enfraquece o peso emocional do enredo.
A perda do impacto da morte de Joel
No começo do episódio, vemos Tommy (Gabriel Luna) limpando o corpo de Joel (Pedro Pascal), e Ellie (Bella Ramsey) lidando com o trauma no hospital. Mas, ao contrário do jogo, a série faz um salto de três meses. Esse tempo afastado da ação diminui a carga emocional da morte de Joel. O trauma de Ellie parece diluído e não tão pungente como nos jogos. Ela continua sarcástica e fazendo piadas, o que contradiz a evolução esperada para a personagem.
A vingança coletiva
O episódio transforma o desejo de vingança de Ellie em uma decisão coletiva. Dina chega à casa de Joel, e, juntas, elas decidem se vingar de Abby. Porém, Tommy sugere que a comunidade de Jackson decida o que fazer, criando uma votação para selecionar os melhores soldados. Isso tira a profundidade da vingança de Ellie, tornando-a uma ação coletiva, quando deveria ser algo pessoal e movido pelo sofrimento individual.
Essa mudança enfraquece a narrativa de The Last of Us Parte 2, que explora os ciclos de violência e ódio. A vingança, que deveria ser um tema íntimo, se torna um ato político, quebrando a tensão emocional da trama.
Falha na adaptação da complexidade do jogo
A adaptação para a TV de The Last of Us enfrenta o desafio de preservar a complexidade dos personagens e suas motivações. O episódio falha ao mostrar a dualidade entre Ellie e Abby. A tentativa de vilanizar Abby e a W.L.F. desde o início impede a criação de empatia com ela, algo essencial no jogo. A série perde a nuance moral da história ao humanizar demais a comunidade de Jackson e tratar a vingança como algo coletivo, diluindo a experiência emocional do jogo.
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