Ainda Estou Aqui: Vitória Histórica no Oscar 2025
- Nenhum comentário
- Destaques
Brasil Conquista Primeiro Oscar com “Ainda Estou Aqui”
O cinema brasileiro celebrou um marco histórico na noite deste domingo (2): o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional, a primeira vitória do país na categoria. A produção, inspirada na vida de Eunice Paiva — mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva — superou concorrentes como Emilia Pérez (França) e A Semente do Fruto Sagrado (Irã). A atriz espanhola Penélope Cruz entregou a estatueta a Salles, que dedicou o prêmio a Eunice e às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, responsáveis por dar vida à personagem no cinema.
“Esta honra vai para uma mulher que enfrentou uma perda imensurável durante a ditadura. Eunice Paiva simboliza a resistência e a força de tantas mães brasileiras”, declarou Salles no palco do Dolby Theatre, em Los Angeles. O longa, que também concorreu a Melhor Filme e Melhor Atriz, retrata a jornada de Eunice após o desaparecimento e assassinato de seu marido, Rubens Paiva, durante o regime militar. A obra adapta o livro homônimo de Marcelo, filho do casal, e emocionou críticos e plateias com sua narrativa sensível sobre luto e resiliência.
Fernanda Torres Brilha, mas Mikey Madison Leva a Estatueta
Apesar da vitória histórica na categoria internacional, o Brasil não repetiu o feito em Melhor Atriz. Fernanda Torres, protagonista de Ainda Estou Aqui, perdeu o prêmio para a norte-americana Mikey Madison, de Anora. Aos 25 anos, Madison tornou-se uma das vencedoras mais jovens da categoria, superando favoritas como Demi Moore (A Substância) e a própria Torres. Em seu discurso, a atriz elogiou a brasileira: “Fernanda é uma artista incrível. Seu trabalho me inspirou profundamente”, afirmou Madison, que interpreta uma dançarina erótica em busca de redenção em Anora.

Fernanda Torres – Ainda Estou Aqui
A indicação de Torres já representou um avanço: ela é a segunda atriz brasileira nomeada ao Oscar, seguindo os passos de sua mãe, Fernanda Montenegro, indicada em 1999 por Central do Brasil. Apesar da campanha intensa e do apoio de veículos como o New York Times, que a apontou como favorita dias antes da cerimônia, a vitória ficou com Madison. A produção de Sean Baker, Anora, também levou o principal prêmio da noite, Melhor Filme, consolidando-se como fenômeno após vencer a Palma de Ouro em Cannes em 2024.

Mikey Madison – Anora
Veja também:
Haikyu!! O Filme: VS os Pequenos Gigantes é confirmado
Demon Slayer: novo filme anima fãs do anime