Bebês Reborn causam polêmica em hospitais


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Bebês Reborn causam polêmica em hospitais

Bebês Reborn viram foco de propostas legislativas no Brasil

Em meio a debates acalorados nas redes sociais, o tema dos bebês reborn chegou ao cenário político. Nas últimas duas semanas, vereadores e deputados estaduais de várias partes do Brasil apresentaram ao menos 25 projetos de lei que buscam proibir o atendimento dessas bonecas ultrarrealistas em unidades públicas de saúde. As propostas incluem multas de até R$ 50 mil e restrições ao acesso de benefícios destinados a crianças reais, como gratuidade no transporte público e prioridade em filas.

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De acordo com levantamentos realizados nas unidades de saúde, apenas um caso envolvendo um bebê reborn foi registrado em todo o país. A ocorrência aconteceu em Guanambi, no interior da Bahia. De acordo com a prefeitura, uma jovem com transtorno psiquiátrico tentou entrar em uma UPA com uma dessas bonecas, mas foi abordada na entrada e orientada a voltar para casa. Não houve atendimento, tampouco tentativa de enganar profissionais da saúde.

Bebês Reborn causam polêmica em hospitais

Vídeo viral distorcido impulsiona reação exagerada

A onda legislativa teve início após um vídeo da influenciadora Yasmin Becker viralizar no TikTok, no final de abril. Nas imagens, ela aparece com um bebê reborn em um hospital. O conteúdo superou 15 milhões de visualizações e gerou críticas nas redes. No entanto, Yasmin esclareceu posteriormente que apenas visitava o filho de uma amiga e jamais tentou atendimento médico para a boneca.

Apesar do esclarecimento, o vídeo circulou fora de contexto, alimentando boatos e indignação pública. Essa desinformação provocou uma resposta imediata de legisladores, que viram na polêmica uma oportunidade de projetar posicionamentos políticos diante de suas bases eleitorais. Muitos projetos, porém, ignoram dados concretos e reagem a um problema praticamente inexistente.

Especialistas apontam desvio de foco e uso político

Para analistas, os projetos sobre bebês reborn representam uma legislação simbólica, mais voltada para impacto político do que para resolução de questões reais. Gabriel Barreto, da plataforma Inteligov, destaca que a maioria dessas propostas não responde a uma demanda legítima da sociedade. “É uma pauta que se baseia em um fato isolado, usado para criar identidade política com o eleitor”, comenta.

A cientista política Graziela Tosta, da Fundação Getulio Vargas, também critica a priorização desse tipo de projeto. Para ela, o risco está em alimentar temas irrelevantes, que ganham espaço em detrimento de pautas estruturais como saúde, educação e segurança. “É uma forma de distração legislativa que fortalece desinformações e empobrece o debate público”, afirma.

Enquanto isso, profissionais de saúde e psicologia lembram que os bebês reborn cumprem funções terapêuticas em diversos contextos, especialmente no apoio emocional a pessoas em tratamento psicológico. Proibir seu uso sem justificativa técnica pode afetar quem realmente precisa de apoio, tornando o debate ainda mais complexo.

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