Campanha contra leishmaniose testou mais de 270 animais
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A campanha da prefeitura de Canaã dos Carajás de combate a leishmaniose canina testou 272 animais em dois dias de atividade, na última semana, segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde. Do total de animais testados, 222 tiveram resultado reagente para a doença, e 50 resultado negativo.
Vale lembrar, no entanto, que se trata de uma testagem de triagem e o teste reagente não significa, necessariamente, que o animal tem a doença, mas sim um grande indicativo. Com esse resultado, deve ser feita uma nova testagem, o chamado teste de Elisa, do Laboratório Central do Pará (Lacen). Se preferir, o dono também pode fazer um teste confirmatório na rede de clínicas particulares.
Com a confirmação da doença por meio do teste de Elisa, o proprietário deve realizar a eutanásia do animal, que será feita na Associação Anjos de Patas, por meio de parceria com a prefeitura do município.
Enquanto aguarda o resultado do teste confirmatório, a Secretaria Municipal de Saúde orienta por proprietários dos animais que tiveram a primeira testagem reagente a tomar algumas medidas para a segurança do animal e da família, como deixar os animais em ambiente limpo e livre de umidade e matéria orgânica, proteger as portas e janelas com telas contra mosquitos e fazer o uso de repelentes.
Prevenção e combate
Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de leishmaniose, ao sentirem os sintomas da doença devem procurar o serviço de saúde mais próximo a sua casa o quanto antes, pois o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento.
A transmissão acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos (mosquito palha, tatuquiras, biriguis, conhecidos popularmente) infectados picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.
Os insetos desenvolvem-se em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos), por isso a melhor forma de combate ao mosquito vetor se dá por meio da higiene ambiental, limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição e destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das formas imaturas dos flebotomíneos, além de limpeza dos abrigos de animais domésticos.
A leishmaniose Visceral (LV) tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde.
No entanto, o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) traz riscos para a Saúde Pública por contribuir com a disseminação da doença, pois os cães não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasita, além do risco de desenvolvimento e disseminação de cepas de parasitos resistentes às poucas medicações disponíveis para o tratamento da leishmaniose visceral humana.
(ASCOM/Prefeitura de Canaã dos Carajás)