Chocolate envenenado: tragédia choca o Maranhão

Mãe deixa hospital após perder dois filhos por chocolate envenenado

A cidade de Imperatriz, no Maranhão, vive um luto coletivo após a confirmação de um caso de possível chocolate envenenado que resultou na morte de duas crianças. Mirian Lira, mãe das vítimas, deixou o hospital nesta semana após dias internada na UTI. Ainda abalada, ela participou do velório da filha Evely Fernanda, de 13 anos, que faleceu cinco dias depois do irmão Luís Fernando, de apenas 7 anos.

A tragédia começou quando os três, Mirian e seus dois filhos, passaram mal após consumirem um ovo de Páscoa recebido em casa. Desde então, a Polícia Civil investiga o caso como um crime premeditado, com fortes indícios de vingança motivada por ciúmes. Jordélia Pereira Barbosa, ex-mulher do atual namorado de Mirian, foi presa como principal suspeita de ter enviado o doce supostamente contaminado.

Mesmo diante da dor, Mirian reuniu forças para pedir justiça. “Só Deus mesmo. Eu só quero que seja feita justiça, porque meus filhos não voltam mais”, declarou, emocionada, em entrevista à TV Mirante.

Investigação revela planejamento e disfarce da suspeita

As investigações da Polícia Civil do Maranhão apontam que o crime foi meticulosamente planejado. Câmeras de segurança registraram Jordélia disfarçada, usando óculos escuros e peruca, enquanto comprava o ovo de Páscoa. Ela viajou mais de 380 quilômetros, de Santa Inês até Imperatriz, com o único objetivo de executar o plano.

De acordo com o delegado Ederson Martins, a suspeita usou um nome falso para se hospedar em um hotel na cidade, fingindo ser uma mulher trans. Ela alegou que estava em processo de transição e, por isso, não apresentou documentos de identificação. Além disso, usou crachás falsos e comprou o chocolate que mais tarde seria entregue à família da vítima por um motoboy.

Após o crime, Jordélia retornou para Santa Inês, onde foi presa assim que desceu do ônibus. A polícia apreendeu com ela duas perucas, embalagens de chocolate e bilhetes de viagem, que foram anexados ao inquérito como provas do crime.

Atualmente, a suspeita está detida na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís e permanecerá à disposição da Justiça enquanto os laudos periciais não forem concluídos. A análise do chocolate envenenado, do sangue das vítimas e dos objetos encontrados com Jordélia deve ficar pronta nos próximos dias.

Veja também:

Orforgliprona: Nova Pílula Contra Diabetes Chega em 2026

Grande Panda: Fiat planeja novo popular brasileiro