Doenças causadas por vetores é pauta de audiência pública


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O Teatro Municipal de Curionópolis ficou lotado na manhã desta sexta-feira (16) durante a 1º Audiência Pública de Saúde: Controle das Doenças Causadas por Vetores! O evento teve como objetivo sensibilizar a população quanto ao apoio necessário na prevenção de doenças como Leishmaniose, Dengue, Zika e Chinkungunya.
A secretária de saúde, Kelma Oliveira, informou que buscou o apoio do Ministério Público para endossar ainda mais a importância da prevenção, “tivemos a ideia de fazer a audiência em conjunto com o Ministério Público que abraçou a causa desde o começo”. Além das ações de prevenções contra doenças, a audiência pública tratou também da situação dos animais que vivem nas ruas.
O secretário de Meio Ambiente, Adalto Santos, informou que será implantado no município um canil, onde os animais recolhidos pela Carrocinha pública serão atendidos pelo médico veterinário do município e passarão por exames para detecção de Leishamaniose, doença transmitida pelo mosquito palha, como é conhecido popularmente, e que tem crescido na região de Carajás.
Júlio Cézar Sá Gonçalves, procurador do município, representou o prefeito Adonei Aguiar que estava em Belém para tratar de interesses do município, “mais de um milhão de pessoas são vítimas de doenças transmitidas por vetores todos os anos, vencer esse desafio passa por uma ação do poder público, mas também por uma mudança de comportamento da população”.
A programação contou com uma palestra bem didática da diretora de vigilância em saúde da 11º regional da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), Ana Raquel Miranda. Em sua exposição o destaque foi maior para a Leishmaniose em função da situação preocupante de crescimento nos municípios do sul e sudeste do Pará.
“Constatamos que 18 municípios do sul e sudeste do Pará já têm a presença da Leishamaniose Visceral, forma mais grave da doença e que pode levar a óbito principalmente crianças, idosos e pessoas com baixo sistema imunológico. Em 2016 a doença chegou a Eldorado do Carajás e em 2017 as cidades de Parauapebas, Canaã dos Carajás e Curionópolis. Agora, em 2018, já constatamos a presença em Bom Jesus do Tocantins”, informou Ana Raquel.
Os tipos da doença assim como seus sintomas e sequelas em humanos e animais foram destacados pela profissional que reforçou a necessidade de cuidados com os quintais, evitando sujeira, umidade e restos de alimentos até mesmo como frutas que caem das árvores, já que o mosquito se alimenta desse tipo de comida e se reproduz em ambiente com umidade.
O senhor Salatiel Almeida, que foi o primeiro prefeito de Curionópolis, esteve no evento e compartilhou um pouco da sua experiência dolorosa com a doença, “eu tinha cinco cachorros, fizemos o teste e quatro deles foram diagnosticados com Leishmaniose, eles tiveram que ser sacrificados, eu fiquei tão triste que chorei, mas não tinha outro caminho”.
De acordo com as informações repassadas na audiência pública, há tratamento para a Leishmaniose gratuito no SUS, mas para os animais diagnosticados com a doença, o único caminho é a eutanásia tendo em vista que não existe no mercado medicamente para a cura em animais.
“Como aprendemos nesta audiência, não são os cães os causadores da doença e sim o mosquito, é ele quem devemos combater! Compartilhem as informações repassadas nesta audiência, sem a ajuda da população é impossível vencer essas doenças transmitidas por vetores”, finalizou o promotor de justiça.
(Ascom/Prefeitura de Curionópolis)


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