Fernando Collor é preso por corrupção e lavagem


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Fernando Collor é preso por corrupção e lavagem

Fernando Collor é preso em Alagoas após decisão do STF

A Polícia Federal prendeu Fernando Collor na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o cumprimento imediato da pena. O ex-presidente foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, que negou o último recurso apresentado pela defesa.

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Collor foi detido por volta das 4h, enquanto se deslocava para Brasília com o intuito de se apresentar voluntariamente. Segundo a defesa, a prisão ocorreu mesmo com a intenção declarada de cumprir a sentença espontaneamente. No entanto, Moraes justificou que os recursos utilizados tinham caráter meramente protelatório, e, por isso, autorizou o trânsito em julgado da condenação.

Em nota, os advogados afirmaram ter recebido a decisão “com surpresa e preocupação”, reforçando que o caso deveria ter sido analisado pelo plenário do STF. Ainda assim, Moraes considerou o recurso como uma tentativa clara de adiar o encerramento do processo.

Condenação tem origem em esquema da Lava Jato

O processo que levou à condenação de Fernando Collor teve origem em investigações da Operação Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-presidente teria recebido vantagens indevidas por meio de um esquema de corrupção na BR Distribuidora. As provas reunidas durante o processo indicaram que Collor usou sua influência política para favorecer empresários em troca de propinas milionárias.

A sentença foi proferida em maio de 2023, após análise das provas e dos depoimentos colhidos ao longo dos anos. Desde então, a defesa apresentou uma série de recursos, todos rejeitados. Moraes argumentou que a estratégia jurídica visava apenas retardar o cumprimento da pena.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão virtual extraordinária para esta sexta-feira, com o objetivo de avaliar a decisão monocrática de Moraes. A sessão vai até as 23h59, mas a prisão de Fernando Collor já está em vigor e ele será transferido nas próximas horas para um presídio federal em Brasília.

Collor, que presidiu o Brasil entre 1990 e 1992, renunciou ao cargo em meio a um processo de impeachment. Em 1994, o STF o absolveu de outra acusação de corrupção passiva ligada ao seu mandato. Agora, no entanto, ele volta ao centro de um escândalo político que reafirma a atuação firme da Justiça contra crimes de colarinho branco.

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