Incêndio florestal no Japão ameaça Ofunato e região
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O Japão enfrenta uma situação alarmante com o maior incêndio florestal dos últimos 33 anos. O fogo, que começou em 26 de fevereiro, devastou mais de 2,5 mil hectares de vegetação e já destruiu dezenas de residências em Ofunato, cidade localizada na região de Iwate, no norte do país. O incêndio tem se espalhado rapidamente devido ao vento forte e à seca intensa, afetando diretamente a vida de milhares de pessoas.
Com a propagação do fogo, cerca de 5.000 pessoas precisaram deixar suas casas e buscar abrigo em outras cidades ou em locais de refúgio. As autoridades japonesas mobilizaram bombeiros e equipes de resgate para combater as chamas, que continuam se expandindo. Mais de 2 mil pessoas estão atuando diretamente nas operações de contenção, com o uso de helicópteros para lançar água nas áreas afetadas. No entanto, a seca e o vento forte dificultam o controle do incêndio, que já é considerado o maior desde 1992.
A situação se agrava à medida que a área atingida dobra de tamanho. A cidade de Ofunato registrou em fevereiro apenas 2,5 mm de chuva, um número bem abaixo da média histórica de 41 mm para o período. Este cenário de seca severa tem sido identificado como um dos principais fatores para a intensidade do incêndio, especialmente após o Japão viver o inverno mais seco desde o início das medições meteorológicas em 1946.
Mudanças climáticas e os incêndios florestais
Os incêndios florestais no Japão se tornaram mais frequentes nos últimos anos. A relação entre a intensificação desses eventos e as mudanças climáticas é clara. Em 2024, o Japão registrou o ano mais quente de sua história, e a sequência de incêndios em 2023 também foi alarmante. Esse aumento nos incêndios florestais está diretamente ligado ao aquecimento global, que favorece condições mais secas e aumenta a propagação dos incêndios. A pesquisa publicada na revista Nature em 2023 aponta que, devido ao aquecimento global, a frequência de incêndios extremos pode crescer em 25%.
O governo japonês, liderado pelo primeiro-ministro Shigeru Ishiba, prometeu continuar a mobilizar recursos para conter as chamas. O alívio, entretanto, depende das condições climáticas, com a expectativa de que a neve, ao derreter, possa trazer alguma ajuda para o controle do incêndio.
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