Lua Rosa: Fenômeno Astronômico Abrilhanta Abril
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Lua Rosa Ilumina o Hemisfério Norte em Abril
No próximo dia 13 de abril, o hemisfério norte testemunhará a Lua Rosa, primeira lua cheia da primavera local. Apesar do nome, o satélite não ganhará tonalidades rosadas: a referência homenageia o Phlox subulata, flor silvestre rosa que desabrocha na estação. O fenômeno, associado a tradições de renascimento pós-inverno, ganhou popularidade na década de 1930, quando o The Maine Farmers’ Almanac — guia climático rural publicado desde 1818 — começou a registrar nomes históricos das luas cheias.
Vale destacar que, no hemisfério sul, a Lua Rosa coincide com o outono, mas o termo permanece pouco conhecido. “A nomenclatura reflete culturas que celebram a primavera como símbolo de renovação”, explica o astrônomo Carlos Mendes, da Sociedade Astronômica Brasileira. Além disso, o evento reforça a conexão entre astronomia e tradições agrícolas, já que o almanaque norte-americano orientava plantios e colheitas com base nos ciclos lunares.
Lyridas: Chuva de Meteoros Milenar Toma o Céu em Abril
Enquanto a Lua Rosa domina o cenário celeste, outro fenômeno promete surpreender: entre 17 e 26 de abril, a chuva de meteoros Lyridas atingirá seu ápice. Registrada pela primeira vez em 687 a.C. na China, a Lyridas ocorre quando a Terra atravessa os detritos do cometa C/1861 G1 Thatcher. Em 2024, o pico acontecerá na madrugada de 21 para 22 de abril, com até 18 meteoros por hora, segundo a American Meteor Society.
Os meteoros, visíveis a olho nu, surgirão próximo à constelação de Lyra, daí o nome do evento. “A ausência de lua cheia durante o pico facilitará a observação”, afirma a astrônoma Laura Fernandes. Por outro lado, o hemisfério norte terá melhor visualização, embora moradores do sul também possam avistar rastros luminosos em áreas com baixa poluição luminosa.
Conexão Entre Fenômenos e Cultura
Além de espetáculos naturais, a Lua Rosa e as Lyridas carregam legados culturais. Enquanto a primeira simboliza ciclos agrícolas e celebrações de fertilidade, a chuva de meteoros já inspirou mitos antigos. Na Grécia, associaram as Lyridas a Lyra, instrumento do deus Orfeu. Já na China, registros históricos descrevem o evento como “estrelas que caíam como chuva”, interpretadas como presságios.
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Para observadores brasileiros, a dica é aproveitar a madrugada de 22 de abril, direcionando o olhar para o nordeste do céu. “Basta encontrar um local escuro e aguardar 20 minutos para os olhos se adaptarem”, recomenda Fernandes. Apesar da Lyridas ser menos intensa que outras chuvas anuais, sua história milenar a torna um marco para entusiastas da astronomia.
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