Lula visita obras de macrodrenagem em Belém e destaca avanços
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Na manhã desta sexta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Belém para acompanhar o andamento das obras de macrodrenagem urbana, consideradas o maior investimento da história da capital paraense contra alagamentos. Acompanhado do governador Helder Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan, do ministro das Cidades Jader Filho e do prefeito Igor Normando, o presidente destacou a relevância de projetos que transformam a vida de moradores da periferia, historicamente afetados pelas enchentes.
O maior investimento em infraestrutura da história de Belém
De acordo com o governador Helder Barbalho, as intervenções representam um divisor de águas para a capital. As obras, que envolvem canais de drenagem, urbanização do entorno e novas redes de esgoto, buscam resolver décadas de abandono em comunidades que sofriam com enchentes a cada período de chuvas.
Helder explicou que a ocupação desordenada da cidade, ao longo dos anos, comprometeu os cursos naturais de água, provocando alagamentos recorrentes em bairros inteiros. Segundo ele, a reestruturação inclui pavimentação de ruas, drenagem adequada e um sistema de esgotamento sanitário mais eficiente.
“Essas obras representam o maior investimento em macrodrenagem da história do Pará e, por conseguinte, da história de Belém. São feitas para a cidade, para as pessoas que moram em Belém — especialmente nas comunidades periféricas”, afirmou o governador.
Lula questiona e cobra resultados
Em tom descontraído, Lula interagiu com as autoridades locais e questionou sobre os impactos reais da intervenção:
“Com todo esse investimento, vai garantir que não vai mais ter esgoto nos canais da periferia?”, perguntou o presidente.
Helder respondeu garantindo que os avanços já são sentidos: áreas concluídas não alagam mais e a nova rede de esgoto está evitando que resíduos domésticos sejam despejados nos canais. Além disso, a concessionária de saneamento já iniciou a conexão de residências à rede geral da cidade.
Transformação da periferia e legado para a COP 30
O prefeito Igor Normando reforçou que os investimentos não se concentram apenas em áreas turísticas ou centrais. Segundo ele, a cidade vive uma transformação que beneficia diretamente moradores da periferia:
“Há quase 20 anos eu já via famílias perderem tudo em enchentes. Hoje a realidade é completamente diferente. Essas obras provam que o investimento não é apenas para a COP 30, mas para toda Belém”, declarou o prefeito.
Atualmente, são 165 frentes de obras ativas que buscam melhorar a qualidade de vida de milhares de famílias. A expectativa é que, até a realização da COP 30, Belém apresente uma nova realidade urbana, com saneamento, drenagem eficiente e ruas pavimentadas.
Impacto social e futuro da cidade
Os investimentos vão muito além da infraestrutura física. Para autoridades locais, a macrodrenagem traz impactos sociais significativos: preservação de imóveis, valorização de comunidades, prevenção de doenças causadas por águas contaminadas e maior dignidade para quem vive em áreas vulneráveis.
Belém, que durante décadas foi marcada por inundações e falta de planejamento urbano, passa agora por um processo de reestruturação que promete mudar a relação da cidade com seus igarapés e sua população.


