Neuralink: Avanços e Polêmicas no Chip Cerebral
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Neuralink e a Revolução do Chip Cerebral
A Neuralink, empresa fundada por Elon Musk em 2016, está revolucionando a medicina com seu chip cerebral. O dispositivo, implantado cirurgicamente, promete restaurar funções perdidas em pacientes com doenças como Alzheimer e paralisia. Em 2024, a companhia alcançou valor de mercado de US$ 8 bilhões, consolidando-se como pioneira em interfaces cérebro-computador (BCIs).
Um dos casos emblemáticos é o de Noland Arbaugh, primeiro paciente a receber o chip. Tetraplégico desde 2016, ele agora controla computadores apenas com o pensamento. “Parecia ficção científica”, disse Arbaugh em entrevista à BBC, após jogar xadrez usando o dispositivo. Apesar dos avanços, desafios técnicos persistem: quatro meses após a cirurgia, 85% dos fios do chip se desconectaram, exigindo reprogramação para manter a funcionalidade.
Elon Musk revelou em 2025 que mais dois pacientes receberam o implante, incluindo um capaz de jogar Counter-Strike. A tecnologia, instalada por um robô em menos de uma hora, utiliza fios 20 vezes mais finos que um fio de cabelo e conecta-se a dispositivos via Bluetooth. “O objetivo é tornar o procedimento acessível”, afirmou Musk, destacando planos futuros para controle de cadeiras de rodas e integração com inteligência artificial.
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Desafios Éticos e Científicos
Entretanto, a Neuralink enfrenta críticas da comunidade científica. Pesquisadores questionam a falta de publicações em revistas especializadas, essenciais para validação por pares. “Divulgar descobertas apenas em redes sociais foge ao método científico”, alertou um neurocientista anônimo em entrevista.
As polêmicas éticas também ganham destaque. A escolha de Arbaugh como voluntário levantou dúvidas sobre transparência no recrutamento, já que ele é declarado fã de Musk. Além disso, questões como a remoção do chip obsoleto e a coleta de dados sensíveis preocupam especialistas. “Há riscos de vazamentos e uso comercial indevido das informações cerebrais”, destacou um relatório sobre privacidade digital.
Apesar das incertezas, a Neuralink segue avançando. Com dois estudos em andamento nos EUA — Prime e Convoy —, a empresa busca expandir aplicações para braços robóticos e restauração de visão. O futuro dirá se as promessas de Musk se concretizarão ou se os riscos éticos ofuscarão os benefícios.