R$2,8mi foram pagos para fraudar contrato com prefeitura de Parauapebas


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No início da manhã desta terça-feira (23), a Polícia Federal, através da “Operação Nibelungo”, realizou uma ação de busca e apreensão no gabinete de Aloísio Chaves, no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Aloísio é acusado de receber 2,8 milhões em transferências ilegais entre os anos de 2013 e 2015, para elaborar parecer que aprovou contrato fraudulento entre a prefeitura de Parauapebas e a quadrilha investigada na “Operação Timóteo”, que prendeu o advogado Alberto Lima da Silva Jatene, o “Beto Jatene”, filho do governador Simão Jatene.

Duas viaturas da Polícia Federal estiveram no tribunal e somente próximo do final da manhã de hoje (23) que sete agentes federais saíram do prédio com vários documentos em mãos.

No segundo semestre do ano passado, Beto realizou duas impressionantes movimentações de dinheiro que totalizaram R$ 13 milhões em pagamentos à BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. O fato chamou a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), do Ministério da Fazenda.

Em fevereiro de 2017, Beto Jatene foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, porque teria recebido propina de uma quadrilha que desviava royalties da mineração. Em dezembro de 2016, ele chegou até a ser preso pela Operação Timóteo, que desarticulou essa quadrilha.

OPERAÇÃO ‘NIBELUNGO’ – COMO FUNCIONAVA?

A operação Timóteo, deflagrada em dezembro de 2016, foi iniciada pela Polícia Federal a partir de uma denúncia da Controladoria Geral da União que apontava incompatibilidade na evolução patrimonial de um dos diretores do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Foi no decorrer das investigações em relação a esse diretor que a PF descobriu uma complexa organização criminosa dedicada a um esquema de corrupção e fraudes para a cobrança judicial de royalties de exploração mineral.

O esquema se dividia em quatro núcleos:

1 – Núcleo Captador – formado pelo diretor do DNPM e sua mulher, que realizava captação de prefeitos interessados em ingressar no esquema;

2 – Núcleo Operacional – composto por escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria em nome da esposa do Diretor do DNPM, que repassava valores indevidos aos agentes públicos;

3 – Núcleo Político – formado por agentes políticos e servidores públicos responsáveis pela contratação dos escritórios de advocacia, integrantes do esquema;

4 – Núcleo Colaborador – que se responsabilizava por auxiliar na ocultação e dissimulação do dinheiro.

(DOL com informações da PF)


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