Saúde mental no trabalho: Empresas têm até maio para se adaptar
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A partir de 2025, as empresas brasileiras terão até o final de maio para se adaptar às novas exigências da NR-1 (Norma Regulamentadora n.º 1), que agora inclui a saúde mental dos funcionários como parte essencial das obrigações empresariais. A alteração, que entra em vigor em breve, coloca a saúde mental no mesmo patamar de outros riscos ocupacionais, como agentes biológicos e químicos, exigindo que as empresas implementem medidas efetivas para proteger o bem-estar psicológico de seus empregados.
Mudanças importantes para as corporações
Com a atualização, a saúde mental foi transformada em uma prioridade tão importante quanto os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). De acordo com Bruno Minoru Okajima, advogado especializado em Direito Trabalhista, as empresas devem adotar uma postura proativa para prevenir o desgaste mental. Isso inclui a implementação de ações preventivas e de apoio, como programas psicológicos e a criação de ambientes organizacionais positivos.
Além disso, as corporações deverão realizar avaliações periódicas do ambiente de trabalho e estabelecer canais de comunicação abertos. Estratégias que priorizem o bem-estar e incentivem um clima organizacional saudável se tornam obrigatórias. Para aqueles que seguirem as novas normas, uma novidade poderá surgir: o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, criado pelo Governo Federal em 2024, e que em breve poderá ser concedido às empresas que se destacarem nesse campo.
Consequências para as empresas que não se adaptarem
O descumprimento das novas diretrizes pode acarretar multas pesadas e até ações judiciais. Durante uma fiscalização, caso o auditor fiscal constate que as medidas não estão sendo implementadas, a empresa poderá ser denunciada ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Em muitas situações, trabalhadores têm recorrido diretamente ao MPT para denunciar falhas, sendo que o órgão costuma investigar essas questões com seriedade.
Priscila Soeiro Moreira, também advogada especializada em Direito Trabalhista, enfatiza que a saúde mental no trabalho deixa de ser apenas um discurso e passa a ser uma obrigação legal. “Empresas precisam se adaptar e agir ativamente, promovendo workshops e observando como as relações no ambiente de trabalho são conduzidas”, diz a especialista.
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