Tarifas comerciais de Trump são consideradas ilegais


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Justiça dos EUA bloqueia tarifas comerciais impostas por Trump

O Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos suspendeu as tarifas comerciais “recíprocas” impostas pelo ex-presidente Donald Trump, ao considerá-las ilegais. A decisão representa um revés significativo para uma das principais estratégias econômicas da gestão republicana, voltada ao protecionismo e à pressão por acordos mais favoráveis ao país.

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A liminar atendeu a uma ação movida por um grupo de estados liderados por governadores democratas, que contestaram a legalidade do chamado “tarifaço”. Essa medida, apresentada em 2 de abril durante o governo Trump, elevou drasticamente os impostos sobre produtos importados de diversos países, em nome da defesa da indústria nacional. Segundo os autores da ação, as tarifas violavam normas constitucionais e ultrapassavam os limites da autoridade presidencial.

Estados democratas lideram resistência à medida

A coalizão formada por estados com governos democratas se mobilizou rapidamente contra o pacote de tarifas, apontando impactos negativos sobre a economia local e sobre os consumidores. Eles argumentaram que as tarifas comerciais de Trump encareceram produtos essenciais, como aço, alumínio e peças automotivas, além de provocarem retaliações de parceiros comerciais importantes, como China e União Europeia.

Diante disso, o tribunal reconheceu a ausência de base legal para a imposição das medidas, caracterizando-as como abusivas e sem respaldo técnico suficiente. Embora o governo federal já tenha recorrido da decisão em instância superior, analistas jurídicos destacam que o precedente pode limitar futuras tentativas unilaterais de manipulação tarifária.

Casa Branca promete recorrer, mas sofre desgaste

Mesmo fora do cargo, Trump e seus aliados continuam defendendo as tarifas como instrumento legítimo para proteger empregos e atrair investimentos para o território americano. A atual decisão, no entanto, enfraquece esse argumento ao sublinhar o caráter ilegal da manobra.

A Casa Branca confirmou que entrou com recurso na esfera federal, buscando reverter o bloqueio e restabelecer as tarifas comerciais. No entanto, o processo judicial pode se arrastar por meses, mantendo a insegurança jurídica sobre as relações comerciais do país.

Enquanto isso, setores da indústria e representantes comerciais esperam uma postura mais previsível e menos conflituosa nas futuras decisões sobre comércio exterior. A decisão do tribunal reforça a necessidade de alinhamento entre estratégias econômicas e os marcos legais vigentes.

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