Tremor de terra em Parauapebas assusta moradores
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O tremor de terra em Parauapebas, no sudeste do Pará, surpreendeu os moradores durante a madrugada desta quinta-feira (3). Com magnitude de 4,3 na Escala Richter, o abalo sísmico foi registrado por estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado por especialistas do Centro de Sismologia da USP e do Observatório Nacional (ON).
Localizada a cerca de 700 quilômetros da capital Belém, Parauapebas experimentou o maior evento sísmico de sua história recente. De acordo com o catálogo da USP, esse tremor foi o mais intenso registrado na região desde 1900, quando as observações começaram oficialmente.
Especialistas analisam o fenômeno com atenção
O Centro de Sismologia da USP explicou que o tremor foi causado por um deslocamento na crosta terrestre. Esse deslocamento, conhecido como “momento sísmico”, envolve uma combinação entre a área atingida, a força aplicada e o atrito entre as placas. Quanto maior o deslocamento e o atrito, maior será a magnitude registrada.
As ondas sísmicas, sentidas por parte da população local, foram captadas por sismógrafos — instrumentos que utilizam pêndulos suspensos por molas para registrar o movimento da Terra. Esses dados geram sismogramas, que permitem aos cientistas compreenderem a intensidade e o impacto do evento.
População relata susto e incertezas
Muitos moradores relataram susto com o tremor de terra em Parauapebas. Apesar de não terem ocorrido danos materiais ou feridos, a sensação de insegurança permanece. A Defesa Civil acompanha a situação e reforça que, embora incomuns, tremores como esse podem ocorrer em diversas regiões brasileiras.
Diante da intensidade do fenômeno, especialistas seguem monitorando a área para identificar possíveis réplicas e garantir a segurança da população. A ocorrência inédita coloca Parauapebas no radar da comunidade científica brasileira, que busca entender melhor a origem desses eventos na região amazônica.