Windows 11: por que exigir o TPM 2.0?
- Nenhum comentário
- Destaques
Com o fim do suporte ao Windows 10 marcado para outubro de 2025, a Microsoft acelera os esforços para migrar usuários para o Windows 11. Entre os principais obstáculos para essa transição está a exigência do chip TPM 2.0, um componente que não equipa muitos computadores antigos.
O TPM (Trusted Platform Module) é um dispositivo de segurança integrado à placa-mãe, responsável por proteger dados sensíveis e garantir a integridade do sistema. Enquanto a versão 1.2 permite o funcionamento do Windows 10, o Windows 11 só aceita a versão 2.0 — exigência considerada inegociável pela Microsoft.
Por que o TPM 2.0 é obrigatório no Windows 11?
Em uma nova página de suporte, a Microsoft listou quatro motivos principais que justificam essa decisão. Primeiro, o TPM 2.0 permite criptografar dados do usuário, dificultando ataques cibernéticos. Segundo, ele verifica a integridade do software e firmware antes da inicialização do sistema, protegendo contra modificações maliciosas.
Além disso, o chip detecta adulterações físicas no hardware e impede que o computador inicie se houver alterações não autorizadas. Por fim, muitos recursos de segurança avançada do Windows 11, como o Windows Hello e o BitLocker, dependem diretamente do TPM 2.0 para funcionar corretamente.
E os donos de PCs antigos, como ficam?
Milhões de usuários ainda utilizam computadores fabricados antes de 2017, que geralmente trazem apenas o TPM 1.2. Nesses casos, as opções são limitadas: continuar com o Windows 10 por conta própria, contratar uma extensão de suporte, migrar para uma distribuição Linux ou forçar a instalação do Windows 11, o que não é recomendado.
Para a Microsoft, os ganhos em segurança justificam a necessidade de atualizar o hardware. A empresa chegou a sugerir que usuários com PCs incompatíveis vendam ou reciclem seus equipamentos.
Embora os argumentos técnicos façam sentido, muitos usuários criticam a medida. A exigência do TPM 2.0 limita o acesso ao novo sistema, tornando a atualização inviável para uma parcela significativa da base atual.
Assim, a Microsoft enfrenta o desafio de convencer o público de que a segurança adicional do Windows 11 realmente compensa o investimento em um novo computador.