Agricultura quer os invasores de fazenda no Pará punidos no “rigor da lei”
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Na última sexta-feira, dezenas de homens da União Nacional Camponesa (UNC) — alguns fortemente armados –, liderados por Francisco Leite Neto, invadiram uma fazenda no município de Itupiranga, a cerca de 50km de Marabá, no Pará.
Segundo relatos de funcionários da propriedade, chamada Fazenda Novo Mundo, pelo menos 10 deles estão mantidos em cárcere privada desde a última sexta-feira. Dois homens foram presos em flagrante no momento da chegada da Polícia Militar, no fim de semana, mas a invasão continua.
Segundo informações, o proprietário da fazenda está em Brasília, pedindo ajuda ao governo de Jair Bolsonaro. Seus advogados devem entrar ainda hoje com uma ação de reintegração de posse.
O secretário especial de Regulação Fundiária do Ministério da Agricultura convocou uma coletiva para anunciar as medidas que serão adotadas pelo governo. Nabhan Garcia já está em contato com o governador do Pará, Helder Barbalho, que, segundo ele, recebeu a ordem “para preservar a integridade física dos funcionários e patrimonial” da fazenda invadida a 50 quilômetros de Marabá por um grupo da União Nacional Camponesa (UNC), como mostramos há pouco.
“A fazenda, que é produtiva, não foi ocupada, foi invadida por uma organização criminosa. Movimento social não anda armado, não invade, não destrói. Isso é organização criminosa e não vai ter reforma agrária para esse tipo de gente. Para eles, vai ter é rigor da lei.” Garcia acrescentou que o governo do Pará terá de identificar todos os invasores.
“Esse é o procedimento que vamos tomar daqui para frente. O governo terá de identificar esses invasores, que estão cometendo crimes. Se não fizer nada, é prevaricação.”
A União Nacional dos Camponeses (UNC), que invadiu uma fazenda com homens armados e fez reféns no interior do Pará nesse fim de semana, é o “movimento social” ligado à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). A Conafer, por sua vez, é o braço no campo da Força Sindical, presidida pelo deputado federal reeleito Paulinho da Força, presidente do Solidariedade.
O Antagonista