Centro Mulheres de Barro fortalece a identidade cultural de Parauapebas
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Centro Mulheres de Barro fortalece a identidade cultural de Parauapebas
Mais de 3 mil pessoas já visitaram o espaço e conheceram a arte e o talento dos artesãos da terra
Neste sábado, 11 de novembro, o Centro Mulheres de Barro celebra um ano de fundação. Ao longo desses últimos 12 meses, desde que a unidade inaugurou, artesãos locais deram forma a mais de mil peças cerâmicas. Uma produção que tem como diferencial o resgate da história dos primeiros habitantes da região de Carajás e destaca a arte feita no sudeste do Pará. O talento e criatividade foi conferido por mais de três mil pessoas que visitaram o Centro. Além disso, por meio de oficinas de educação patrimonial e técnicas cerâmicas, o conhecimento dos experientes na arte cerâmica foi dividido com mais de 110 pessoas da comunidade. Para a Coordenadora do Centro, Sandra Santos, muito além dos números como resultado, o principal presente deste aniversário de um ano está na construção e fortalecimento de uma identidade cultural para a região, a contribuição para o turismo e a geração de renda para os artesãos.
“Parauapebas nasceu da mineração, com a implantação do projeto Grande Carajás e uma característica da cidade é sua população de imigrantes, com suas culturas e costumes. E hoje, com esse projeto, nós temos algo que nos une, que podemos chamar de nosso, e temos um espaço de parada obrigatória para quem visita o sudeste do Pará”, diz emocionada, Sandra. “Hoje Carajás tem uma identidade cultural, mais um atrativo e quem visita a nossa cidade pode levar como lembrança. E isso nos dá muito orgulho de fazer parte desse grandioso trabalho de valorização do que é nosso, a nossa arte que é inspirada no nosso passado e projeta o nosso presente”, comemora Sandra.
Mas os planos não param por aí. Para os próximos anos, o objetivo é investir em capacitação. “Nós precisamos que a nossa atividade seja uma fonte sustentável de trabalho e renda. Vamos investir na profissionalização da produção e comercialização do artesanato local, para também fortalecer a economia da região”, explica Sandra. O projeto criado e desenvolvido pelo ideal e força de vontade dos integrantes da Cooperativa contou com o apoio da Vale. A instalação do centro e a realização das oficinas foram patrocinadas pela empresa, por meio da Lei Roaunet.
De acordo com o gerente de Relacionamento com Comunidades da Vale no Pará, Sérgio Costa, para a Vale, investir em cultura e no Centro Mulheres de Barro é reconhecer o que é genuíno e no que tem importância social e econômica para Parauapebas. “O nosso apoio vem justamente na linha de, ao mesmo tempo, fortalecer a cultural local e uma atividade com potencial para apoiar a diversificação econômica e sustentabilidade da região. A cooperativa, cada um de seus artesãos e a nossa comunidade que valoriza este trabalho, estão de parabéns por tudo que foi desenvolvido ao longo desse ano com muita dedicação. Que em todos os próximos anos, o Centro continue a ser valorizado pela população da região e pelos turistas brasileiros e estrangeiros que passarem por aqui”, declara Sérgio.
A programação comemorativa do primeiro ano de fundação do Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás contará com apresentações artísticas do grupo de Carimbó Raízes Parauaras e da voz e violão do cantor local Vamberto.
Cerca de 110 pessoas da comunidade, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos participaram das oficinas de educação patrimonial e técnicas cerâmicas
As oficinas
No período de março a agosto deste ano, o Centro Mulheres de Barro promoveu oficinas de educação patrimonial e técnicas cerâmicas que, a partir de diversas atividades lúdicas e também de produção artesanal, proporcionaram a valorização do patrimônio artístico-arqueológico e da identidade cultural da região.
Parte das peças produzidas pelos alunos durante as oficinas de educação patrimonial poderá ser conferida na exposição interativa, que será aberta ao público, no evento de comemoração do primeiro ano do Centro.
Foram realizadas também oficinas de sensibilização em cinco comunidades: Ipiranga, Tropical I e II e os assentamentos de Palmares II e Palmares Sul. E um grupo de educadores e agentes culturais recebeu qualificação avançada para a educação patrimonial. Eles executaram um mapeamento coletivo da memória do processo migratório e a formação da cultura contemporânea de Parauapebas; e como os recursos naturais e culturais da região, a partir do potencial econômico e do uso, podem ser utilizados com material educativo, em sala de aula.
O espaço
O Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás conta com a exposição “Mulheres de Barro: identidade e memória”, composta por peças que envolvem esculturas e objetos de decoração, jarros de diversos formas e tamanho, moringas feitas de barro que têm a inspiração em peças que foram feitas e usadas há seis mil anos. Para os artesãos, toda a descoberta da riqueza arqueológica da região iniciou durante as oficinas do Programa de Educação Patrimonial, uma das atividades ambientais realizadas pela Vale, na época da implantação do projeto Salobo.
O espaço, que dispõe de galeria de arte e um ateliê para o trabalho dos artesãos, é aberto ao público de terça a sexta-feira, das 9h às 18h. E aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. Está localizado na Alameda Castelo Branco, quadra 187, lote 107, ao lado do Mercado Municipal do bairro Rio Verde, com entrada pela Rua Araguaia. Agendamento para visita de grupos pelo fone (94) 99165-1604 e pelo e-mail mulheresdebarro@gmail.com.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Vale