MST realiza interdições periódicas na ‘Curva do S’ 


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Nesta terça-feira, 17 de abril, é comemorado o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores do Campo, data que marca também os 22 anos do massacre em Eldorado do Carajás, onde 21 trabalhadores do Movimento Sem Terra (MST) morreram em conflito com a polícia. Como ocorre há vários anos, o MST realiza programação na ‘Curva do S’, na Rodovia BR – 155.

Os manifestantes realizam interdições de curto período ao longo do dia, não há bloqueio total. Há manifestações também em outros Estados brasileiros, em alusão à data, e também em apoio ao ex-presidente Lula, que está preso. Está previsto um ato político para hoje, às 17 horas, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No portal do MST  está disponível uma série em vídeo com 21 episódios que contam a história do Massacre de Eldorado do Carajás, organizada pela Companhia Estudo de Cena.

 Assassinatos no campo batem novo recorde

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou nesta segunda-feira (16) os dados de assassinatos em conflitos no campo no Brasil em 2017 – o maior número desde o ano de 2003. Novamente esse tipo de violência bateu recorde e atingiu o maior número desde 2003, com 70 assassinatos (confira aqui a tabela). Há um aumento de 15% em relação ao número de 2016. Dentre essas mortes, destacaram-se quatro massacres ocorridos nos estados da Bahia, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

A CPT ressalta, todavia, que, além dos dados de assassinatos que constam nesta relação, há muitos outros que acontecem na imensidão deste país e que só a dor das famílias é que os registram. “A publicação da CPT é apenas uma amostra dos conflitos no Brasil”, dizia Dom Tomás Balduino, bispo emérito de Goiás (GO) e um dos fundadores da Pastoral.

Os assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra, de indígenas, quilombolas, posseiros, pescadores, assentados, entre outros, tiveram um crescimento brusco a partir de 2015. O estado do Pará lidera o ranking de 2017 com 21 pessoas assassinadas, sendo 10 no Massacre de Pau D’Arco; seguido pelo estado de Rondônia, com 17, e pela Bahia, com 10 assassinatos.

Dos 70 assassinatos em 2017, 28 ocorreram em massacres, o que corresponde a 40% do total. Em agosto de 2017, a CPT lançou uma página especial na internet sobre os massacres no campo registrados de 1985 a 2017. Foram 46 massacres com 220 vítimas ao longo desses 32 anos. Na página é possível consultar o histórico e imagens dos casos. O estado do Pará também lidera esse ranking, com 26 massacres ao longo desses anos, que vitimaram 125 pessoas.

Assassinatos e Julgamentos

A CPT registra os dados de conflitos no campo de modo sistemático desde 1985. Entre os anos de 1985 e 2017, a CPT registrou 1.438 casos de conflitos no campo em que ocorreram assassinatos, com 1.904 vítimas. Desse total de casos, apenas 113 foram julgados, o que corresponde a 8% dos casos, em que 31 mandantes dos assassinatos e 94 executores foram condenados. Isso mostra como a impunidade ainda é um dos pilares mantenedores da violência no campo.

Nesses 32 anos, a região Norte contabiliza 658 casos com 970 vítimas. O Pará é o estado que lidera na região e no resto do país, com 466 casos e 702 vítimas. Maranhão vem em segundo lugar com 168 vítimas em 157 casos. E o estado de Rondônia em terceiro, com 147 pessoas assassinadas em 102 casos (Confira aqui a tabela).

Com informações do MST.Org e Comissão Pastoral da Terra 

 


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