Rumble processa Moraes para garantir liberdade de expressão

A plataforma de vídeos Rumble, em parceria com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, entrou com uma ação judicial nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A acusação central é de censura, e as empresas solicitam que as ordens de Moraes, que determinam a exclusão de contas de usuários do Rumble, sejam invalidadas nos Estados Unidos. O processo ganhou destaque, dada a crescente influência da plataforma entre os conservadores dos EUA, que veem no Rumble um espaço para liberdade de expressão.

Fundada em 2013, a plataforma tem um visual semelhante ao YouTube e foi inicialmente marcada por vídeos virais de gatos. No entanto, sua trajetória mudou após a invasão do Capitólio em 2021, quando apoiadores de Donald Trump contestaram os resultados das eleições de 2020. Com o bloqueio de Trump nas redes sociais tradicionais, muitos de seus seguidores migraram para o Rumble, que se posicionou como um refúgio para aqueles que se sentiam censurados.

Além de abrigar seguidores de Trump, a plataforma também recebeu investimentos de pessoas próximas ao ex-presidente, como o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. Em 2023, em protesto contra as ordens de Moraes, o Rumble ficou fora do ar no Brasil, mas retornou em 2024. Chris Pavlovski, CEO da plataforma, mencionou que a decisão brasileira de permitir o retorno foi uma vitória do Rumble, sem maiores detalhes sobre a reviravolta.

Em outras ações, a plataforma também se envolveu em polêmicas, como a recusa de desmonetizar o canal do comediante Russell Brand, acusado de agressões sexuais, e a proposta ao podcaster Joe Rogan de US$ 100 milhões para levar seu programa ao Rumble, oferecendo um espaço sem censura. Esses movimentos visam reforçar a imagem da plataforma como um bastião contra a cultura de cancelamento.

Por outro lado, o relacionamento estreito com o ex-presidente Trump e suas conexões com figuras como Peter Thiel, J.D. Vance e Elon Musk revelam a complexidade dos negócios envolvendo o Rumble. A plataforma segue sendo uma peça-chave em uma batalha maior pela liberdade de expressão nas redes sociais, especialmente quando confrontada com autoridades que buscam reprimir conteúdos considerados prejudiciais ou desinformativos.

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