Sespa confirma 41 casos de H3N2 no Pará; saiba como identificar
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A Secretaria de Estado de Saúde Publica (Sespa) confirmou nesta quarta-feira (22) 41 caos de pacientes com síndromes gripais, que testaram positivo para o vírus da influenza H3N2. As amostras foram analisadas pelo Lacen-PA.
A Sespa também alertou que o surto de síndrome gripal causada pelo vírus Influenza foi detectado até o momento no município de Belém, e que a população deve manter as medidas preventivas como distanciamento, não aglomeração, uso de máscaras e lavagem constante das mãos.
O que é o vírus H3N2?
O vírus H3N2 é um dos subtipos do vírus Influenza A, responsável pela gripe comum. Ela é chamada de variante Darwin do vírus A H3N2. Atualmente, ela já causa surtos epidêmicos em ao menos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio, Bahia, Espírito Santo, Amazonas e Rondônia.
Quais os sintomas da doença?
O diagnóstico de síndrome gripal (SG) ocorre quando a pessoa possui quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos e/ou gustativos. Em crianças, além destes, considera-se, ainda, obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico. Em idosos, devem ser considerados também confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e ausência de apetite.
Quais tipos de Influenza existem?
Existem quatro tipos de vírus influenza que causam gripe. São eles os tipos A, B, C e D. No Brasil e no Ceará, os vírus influenza A e B são os causadores de epidemias sazonais. As informações são do Ministério da Saúde. Conforme a pasta, a Influenza A infecta seres humanos e várias espécies de animais, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. Dentre os subtipos, estão A H1N1 e A H3N2.
O tipo B infecta exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos. O tipo C – infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativas à saúde pública, não estando relacionado com epidemias.
Conforme o Ministério da Saúde, o influenza D foi identificado nos Estados Unidos, em 2011, em suínos e bovinos, “não sendo conhecido por infectar ou causar a doença em humanos”.
Quantos casos foram registrados de Influenza no Ceará em 2021?
A Sesa informou que o Ceará já registrou 18 casos positivos da doença, entre 1º de dezembro até o dia 16. Nenhuma morte foi registrada da doença no Estado.
Como se proteger da H3N2?
As medidas de proteção seguem sendo o distanciamento social, uso de máscara descartável, e álcool em gel 70%. Além disso, a Sesa também orienta, por meio de nota técnica informativa, que a lavagem das mãos, punhos, unhas e espaços entre os dedos com água e sabão com frequência; evitar levar a mão ao rosto; manter os ambientes ventilados e evitar aglomerações; se tiver com sintomas de gripe, evite cumprimentar as pessoas com abraços, beijos ou apertos de mão; evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais e sintomas de gripe; utilização de lenço descartável para limpar o nariz ou ao tossir ou espirrar e a vacinação contra a gripe.
A vacina contra a gripe H1N1 protege contra a nova cepa?
Conforme o pesquisador da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, são três influenzas que são compostas dentro da vacina. Entretanto, a nova cepa H3N1, que é denominada de linhagem Darwin, ainda não está na composição da vacina que foi dada neste ano. O pesquisador explica que ela está prevista para entrar na próxima reformulação vacinal, em 2022. O cenário também pode explicar o surto epidemiológico do vírus, já que a cepa pode estar escapando da atual vacina e provocando mais contaminações.
Com informações de Sespa e O Povo